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Monotrilho - parte 1


Autor do tópico
Francis
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Monotrilho - parte 1

Mensagem não lida por Francis » 26 Fev 2011, 11:14

Descobriram a América!

Está na Folha de hoje. O link só abre para assinantes do jornal ou UOL: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidi ... 201120.htm

Monotrilho da zona leste já começa saturado

Para especialistas, volume de usuários esperado nas horas de pico é excessivo

Metrô diz que escolha para o trecho é a mais adequada e que não haverá atrasos nem superlotação na linha

EDUARDO GERAQUE
ALENCAR IZIDORO
DE SÃO PAULO

O monotrilho projetado para ligar a região do Oratório até a Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo, a partir de 2014, já vai nascer quase saturado.
O volume de passageiros esperado no sistema nos períodos de pico, logo após sua entrega, deve atingir 40.278 pessoas por hora -conforme previsto por estudo de impacto ambiental.
A demanda é considerada por especialistas excessiva para esse tipo de transporte.
A própria Bombardier, empresa canadense integrante do consórcio vencedor da licitação, afirma que esse sistema é feito para suportar até 40 mil por hora.
O Metrô, porém, defende ter feito a escolha mais adequada pelo fato de o monotrilho ser mais barato e mais rápido de implantar do que uma linha subterrânea.
Pelos cálculos da companhia, o monotrilho será capaz de carregar até 48 mil pessoas por hora -capacidade atípica para monotrilhos pelo mundo. A estatal diz que não haverá atrasos nem superlotação porque a composição terá mais vagões que o projetado pela Bombardier.
Serão construídas 17 estações ao longo de 24,5 km até 2015 -mas, pela previsão do Estado, uma parte já deverá ficar pronta até 2014.

RESTRIÇÕES
O uso do monotrilho, tecnologia ainda inédita na capital paulista, na expansão da linha 2-verde é um erro, avaliam especialistas em transportes urbanos.
"Não condeno o monotrilho de antemão. Mas a demanda que existe no trecho justifica a construção de sistemas pesados [metrô]", afirma Klara Mori, professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.
De acordo com ela, diversificar demais as tecnologias inviabiliza a consolidação de empresas nacionais voltadas para o transporte sobre trilhos. "Assim, vamos continuar comprando trens da Espanha e trilhos da China."O problema não é apenas a capacidade do sistema, diz Marcos Kiyoto, estudioso dos trilhos urbanos da capital. "A linha projetada tem poucas conexões. Sem integração, ela vai lotada em um sentido e fica vazio em outro."
"A linha projetada poderia fazer uma curva e chegar até Itaquera." O bairro, hoje, é servido apenas pela linha 3-vermelha dos trens do metrô.
A opção pelo monotrilho deveria ser trocada pelos corredores fechados de ônibus, diz Adalberto Maluf.
"A extensão da linha 2 deverá custar R$ 4 bilhões em duas fases", calcula ele. Com esse dinheiro seria possível fazer 200 km de corredores de ônibus, diz o especialista.


Rafael Lopes
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Re: Monotrilho - parte 1

Mensagem não lida por Rafael Lopes » 26 Fev 2011, 12:01

Para efeito de comparação: a linha 5109/41 - São Mateus X Metrô Tamanduateí, que cobre boa parte do trajeto do futuro monotrilho roda padronizada com biarticulados devido à forte demanda do trecho.
Chegou o primeiro Cobrasma reformado!!!!!!!

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Eduardo GJF
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Re: Monotrilho - parte 1

Mensagem não lida por Eduardo GJF » 26 Fev 2011, 20:40

Vão ser trens com capacidade de 1000 passageiros rodando a um headway mínimo proporcionado pelo CBTC.
Não importa o que tem embaixo da p@*% do trem, se dois trilhos de aço ou um trilho de concreto.
O projeto foi feito para 48 mil pass/h/sentido, atendendo à demanda que foi calculada, pesquisada e simulada por estudos sérios e trabalho de muita gente. Aí chega alguém chutando que a demanda vai ser maior do que a apontada pelos estudos e o jornal finge que a pessoa tem alguma credibilidade.
Como engenheiro, grande poeta.

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Vicente
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Re: Monotrilho - parte 1

Mensagem não lida por Vicente » 01 Mar 2011, 20:49

^^
Edu,
Temos uma pessoa que conhece estes estudos aqui... e que tocou a bola pra discussão.

A questão toda é:

-Será que realmente o monotrilho aguenta o tranco? (Na dinâmica urbana que vemos hoje, veja bem...)
-Será que não é certo fazerem algo como uma mega operação urbana no entorno do traçado, levando emprego e outras coisas junto pra região, pra tentar aliviar essa pendularidade gigante?
Na situação atual, essa linha vai ser mais pendular que qualquer outra, pois vai "pro fundão da ZL" . E pendularidade mata a operação...

Porque o monotrilho pro ABC pode dar mais certo? A demanda não é tão claramente pendular quanto esse da ZL.


Gustavodc
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Re: Monotrilho - parte 1

Mensagem não lida por Gustavodc » 01 Mar 2011, 22:40

Quero ver como vai ser esse trem rodando sozinho com o povo de lá interferindo como sempre interferiu. Melhor, quero ver como VPT vai ficar chic.


Rafael Lopes
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Re: Monotrilho - parte 1

Mensagem não lida por Rafael Lopes » 01 Mar 2011, 23:16

Vicente escreveu:^^
Edu,
Temos uma pessoa que conhece estes estudos aqui... e que tocou a bola pra discussão.

A questão toda é:

-Será que realmente o monotrilho aguenta o tranco? (Na dinâmica urbana que vemos hoje, veja bem...)
-Será que não é certo fazerem algo como uma mega operação urbana no entorno do traçado, levando emprego e outras coisas junto pra região, pra tentar aliviar essa pendularidade gigante?
Na situação atual, essa linha vai ser mais pendular que qualquer outra, pois vai "pro fundão da ZL" . E pendularidade mata a operação...

Porque o monotrilho pro ABC pode dar mais certo? A demanda não é tão claramente pendular quanto esse da ZL.
O ABC, no geral, é um polo de atração de demanda, já que conta com uma ampla infra-estrutura de serviços. A L10, entre Luz e Mauá, tem demanda equilibrada nos dois sentidos a qualquer hora do dia, seja para quem mora na Capital e trabalha no ABC e vice-versa. Por isso que o monotrilho do ABC pode dar mais certo.
Chegou o primeiro Cobrasma reformado!!!!!!!

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Vicente
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Re: Monotrilho - parte 1

Mensagem não lida por Vicente » 02 Mar 2011, 08:44

^^
Exato, Rafael. E é exatamente isso que quis dizer.
A linha 10 tem muita troca de passageiros entre Mauá, Santo André e São Caetano, isso ajuda o carregamento.
O VLT do ABC vai atender várias faculdades com estações próximas (de SBC para SP temos FEI, Fundação Salvador Arena /Termomecânica, Fundação Santo André / Medicina ABC, Mauá, Uniban, USCS) e pólos de população e de comércio (fim da AV Goiás em SCS, parte do bairro Rudge Ramos, o Centro , e os bairros Alvarenga / Assunção/ dos Casa em SBC).


Autor do tópico
Francis
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Re: Monotrilho - parte 1

Mensagem não lida por Francis » 02 Mar 2011, 10:37

O VLT do ABC tem dois diferencias com relação da Cidade Tiradentes: tipo e quantidade de demanda e a tecnologia, que ainda não foi definida. A demanda de um é adequada a um transporte leve, a do outro não.

A tecnologia monotrilho só traz vantagens em tempo de construção e custo de obras civis. De resto, é uma tecnologia que não existe aqui e, mesmo que esteja presente, o que serve no monotrilho não serve em outras ferrovias, além de sua manutenção ser mais cara.
O custo é muito maior que o de um VLT comum, mesmo que também feito em elevado ou segregado, como foi o pré-metrô no Rio.

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Vicente
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Re: Monotrilho - parte 1

Mensagem não lida por Vicente » 02 Mar 2011, 11:17

Mas, peraí, Francis...
A diferença de custos de manutenção é tão grande assim? Nem os sistemas de sinalização (softwares) são parecidos? O conceito de alimentação não é algo do tipo um TT embutido?

Quanto ao material rodante e de via permanente, entendo de maneira clara. Há pontos de ineditismo na tecnologia em grande escala no Brasil. como o uso de rodas de borracha sobre trilhos. Mas (se puder responder, claro), quais seriam algumas dessas diferenças que pesam no custo de manutenção? Sei lá, AMV's mais pesados e longos? Exigência de nivelamento preciso da via? tnk


Autor do tópico
Francis
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Re: Monotrilho - parte 1

Mensagem não lida por Francis » 02 Mar 2011, 12:16

^^ Segue abaixo uma comparação sucinta e o currículo do cara que fez a comparação.

Imagem

Imagem


Rafael Lopes
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Re: Monotrilho - parte 1

Mensagem não lida por Rafael Lopes » 02 Mar 2011, 17:46

Tem também que, caso a demanda exija, um Metrô Leve pode ser transformado em Metrô pesado, o que é impossível num monotrilho.
Chegou o primeiro Cobrasma reformado!!!!!!!

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