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(BARRINHA) UMA HISTORIA TRISTE E COMOVENTE
Moderador: Caco
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Autor do tópico - MEMBRO PLENO
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- Registrado em: 16 Ago 2010, 00:06
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(BARRINHA) UMA HISTORIA TRISTE E COMOVENTE
"A tragédia se desenrolou num intervalo de quatro minutos. O funcionário do posto de observação Francisco José Ferreira telefonou para o controle de tráfego de Japeri e alertou sobre a iminência de um choque entre os dois trens. "O cargueiro está sem freio, está sem freio! Vai bater no Barrinha, vai bater!", gritou, desesperado. Por rádio, o controlador conseguiu avisar os maquinistas do Expresso Barrinha, Jaldimar da Silva e Pedro Antônio Vieira, do perigo iminente. Os maquinistas tentaram uma manobra para tirar o trem da rota do cargueiro. Não conseguiram. Enquanto isso, os maquinistas do cargueiro, Daniel Rodrigues e Cláudio Guimarães, tentavam de tudo para parar a composição: usaram o freio de emergência e subiram no primeiro vagão para acionar o freio manual. Nada. O maquinista Jaldimar, do Barrinha, desceu para mandar todo mundo abandonar os vagões. Não deu tempo. Alguns passageiros ainda conseguiram pular para os trilhos. Mas nem todos tiveram sorte -- alguns foram esmagados por um dos vagões, que descarrilou."
UM TOTAL DE 16 VIDAS SE PERDERAM, A TRAGEDIA PODIA TER SIDO BEM MAIOR POIS O EXPRESSO BARRINHA TINHA MAIS DE 90 PESSOAS A BORDO. GRAÇAS AO HEROISMO DO FUNCIONARIO DO POSTO DE OBSERVAÇAO, DO FUNCIONARIO DO POSTO DE CONTROLE E DOS MAQUINISTAS DE AMBAS AS COMPOSIÇOES.
UM TOTAL DE 16 VIDAS SE PERDERAM, A TRAGEDIA PODIA TER SIDO BEM MAIOR POIS O EXPRESSO BARRINHA TINHA MAIS DE 90 PESSOAS A BORDO. GRAÇAS AO HEROISMO DO FUNCIONARIO DO POSTO DE OBSERVAÇAO, DO FUNCIONARIO DO POSTO DE CONTROLE E DOS MAQUINISTAS DE AMBAS AS COMPOSIÇOES.
136 anos da Estrada de Ferro Rio D'ouro.
Re: (BARRINHA) UMA HISTORIA TRISTE E COMOVENTE
Não estou aqui pra fazer julgamento de ninguém, mas que isso cheira (e forte) a sabotagem, cheira. Pouquíssimo tempo depois desse acidente, houve a privatização das linhas da RFFSA. Em cima disso, quero acreditar que a real intenção não era matar ou ferir alguém, mas sim "provar" de alguma forma que não teria como compartilhar a linha por algum interesse. Era tudo o que a Rede queria. Não digo que essa é a verdade absoluta, mas até hoje penso assim e não encontrei nada de relevante que me prove o contrário.
Abraços
LRangel
Serra da Estrela: Fascinante e misteriosa. Um dia ainda volto lá...
LRangel
Serra da Estrela: Fascinante e misteriosa. Um dia ainda volto lá...
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- MEMBRO MILLENIUM - SENIOR
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Re: (BARRINHA) UMA HISTORIA TRISTE E COMOVENTE
Sempre pensei nisso também !
Concordo com o Luís.
Re: (BARRINHA) UMA HISTORIA TRISTE E COMOVENTE
Faço muinha as palavras e expressões dos companheiros.
Eles não estão nem aí para vidas humanas, ainda mais de pessoas humildes e desasistidas.
Desumanos!!!!!!!!
Eles não estão nem aí para vidas humanas, ainda mais de pessoas humildes e desasistidas.
Desumanos!!!!!!!!
Re: (BARRINHA) UMA HISTORIA TRISTE E COMOVENTE
Caramba pessoal.
Nunca tinha pensado por esse ângulo, pois sabemos que a manutenção do material rodante e das linhas é precária, mas tratando-se de Brasil, tudo é possível.
Nando. Bela narrativa na introdução do tópico.
Nunca tinha pensado por esse ângulo, pois sabemos que a manutenção do material rodante e das linhas é precária, mas tratando-se de Brasil, tudo é possível.
Nando. Bela narrativa na introdução do tópico.
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Autor do tópico - MEMBRO PLENO
- Mensagens: 309
- Registrado em: 16 Ago 2010, 00:06
- Localização: Rio de Janeiro
Re: (BARRINHA) UMA HISTORIA TRISTE E COMOVENTE
Obrigado Adenilson. Um detalhe me intriga tres freios darem problema? O principal, o de Emergencia e o Manual. Um tanto surreal nao?
136 anos da Estrada de Ferro Rio D'ouro.
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- MODERADOR RJ
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Re: (BARRINHA) UMA HISTORIA TRISTE E COMOVENTE
Choque de trens mata dezesseis no Rio e devolve à realidade o debate sobre transportes urbanos
Nunca se viu tanto blablablá sobre transportes urbanos. Em São Paulo houve até uma proposta de trem voador, que ocupou durante semanas o centro do debate eleitoral. Foi necessária uma tragédia para recolocar o assunto nos trilhos da realidade. O acidente ocorreu na manhã de quarta-feira, dia 18, na Baixada Fluminense. Um trem da Rede Ferroviária Federal, carregado com bobinas de cabo de aço, descia a Serra das Araras. Sem conseguir controlar a composição, que voava sobre os trilhos a 100 quilômetros por hora, os maquinistas avisaram por rádio a Estação de Barra do Piraí, de onde tinham saído. Logo depois, o cargueiro passou desembestado na frente de um posto de observação e avançou um sinal vermelho. Eram 8h12. A 4 quilômetros dali, o trem de passageiros Barrinha, que saíra de Barra do Piraí levando noventa trabalhadores, estava parado num semáforo. Só faltavam 700 metros para chegar à Estação de Japeri. Às 8h16, os dois trens se chocaram, matando dezesseis pessoase ferindo mais de sessenta.
A tragédia se desenrolou num intervalo de quatro minutos. O funcionário do posto de observação Francisco José Ferreira telefonou para o controle de tráfego de Japeri e alertou sobre a iminência de um choque entre os dois trens. "O cargueiro está sem freio, está sem freio! Vai bater no Barrinha, vai bater!", gritou, desesperado. Por rádio, o controlador conseguiu avisar os maquinistas do Expresso Barrinha, Jaldimar da Silva e Pedro Antônio Vieira, do perigo iminente. Os maquinistas tentaram uma manobra para tirar o trem da rota do cargueiro. Não conseguiram. Enquanto isso, os maquinistas do cargueiro, Daniel Rodrigues e Cláudio Guimarães, tentavam de tudo para parar a composição: usaram o freio de emergência e subiram no primeiro vagão para acionar o freio manual. Nada. O maquinista Jaldimar, do Barrinha, desceu para mandar todo mundo abandonar os vagões. Não deu tempo. Alguns passageiros ainda conseguiram pular para os trilhos. Mas nem todos tiveram sorte -- alguns foram esmagados por um dos vagões, que descarrilou.
Herança maldita — O cargueiro, que tinha saído de Juiz de Fora, parou em Barra do Piraí para ser vistoriado, mas a inspeção foi feita em apenas cinco minutos. Os investimentos na rede despencaram nos últimos quinze anos, sendo praticamente zerados no ano passado. No final de 1994, a RFF transferiu ao governo do Estado do Rio quase toda a operação dos trens de subúrbio. Na semana passada, o governador Marcello Alencar reclamou a degradação dos 264 quilômetros de via e 244 trens que recebeu do governo federal. "Foi uma herança maldita", queixou-se.
Virgínie Leite | revista Veja, 1996-09-25 | Clipping: Márcio Hipólito
Nunca se viu tanto blablablá sobre transportes urbanos. Em São Paulo houve até uma proposta de trem voador, que ocupou durante semanas o centro do debate eleitoral. Foi necessária uma tragédia para recolocar o assunto nos trilhos da realidade. O acidente ocorreu na manhã de quarta-feira, dia 18, na Baixada Fluminense. Um trem da Rede Ferroviária Federal, carregado com bobinas de cabo de aço, descia a Serra das Araras. Sem conseguir controlar a composição, que voava sobre os trilhos a 100 quilômetros por hora, os maquinistas avisaram por rádio a Estação de Barra do Piraí, de onde tinham saído. Logo depois, o cargueiro passou desembestado na frente de um posto de observação e avançou um sinal vermelho. Eram 8h12. A 4 quilômetros dali, o trem de passageiros Barrinha, que saíra de Barra do Piraí levando noventa trabalhadores, estava parado num semáforo. Só faltavam 700 metros para chegar à Estação de Japeri. Às 8h16, os dois trens se chocaram, matando dezesseis pessoase ferindo mais de sessenta.
A tragédia se desenrolou num intervalo de quatro minutos. O funcionário do posto de observação Francisco José Ferreira telefonou para o controle de tráfego de Japeri e alertou sobre a iminência de um choque entre os dois trens. "O cargueiro está sem freio, está sem freio! Vai bater no Barrinha, vai bater!", gritou, desesperado. Por rádio, o controlador conseguiu avisar os maquinistas do Expresso Barrinha, Jaldimar da Silva e Pedro Antônio Vieira, do perigo iminente. Os maquinistas tentaram uma manobra para tirar o trem da rota do cargueiro. Não conseguiram. Enquanto isso, os maquinistas do cargueiro, Daniel Rodrigues e Cláudio Guimarães, tentavam de tudo para parar a composição: usaram o freio de emergência e subiram no primeiro vagão para acionar o freio manual. Nada. O maquinista Jaldimar, do Barrinha, desceu para mandar todo mundo abandonar os vagões. Não deu tempo. Alguns passageiros ainda conseguiram pular para os trilhos. Mas nem todos tiveram sorte -- alguns foram esmagados por um dos vagões, que descarrilou.
Herança maldita — O cargueiro, que tinha saído de Juiz de Fora, parou em Barra do Piraí para ser vistoriado, mas a inspeção foi feita em apenas cinco minutos. Os investimentos na rede despencaram nos últimos quinze anos, sendo praticamente zerados no ano passado. No final de 1994, a RFF transferiu ao governo do Estado do Rio quase toda a operação dos trens de subúrbio. Na semana passada, o governador Marcello Alencar reclamou a degradação dos 264 quilômetros de via e 244 trens que recebeu do governo federal. "Foi uma herança maldita", queixou-se.
Virgínie Leite | revista Veja, 1996-09-25 | Clipping: Márcio Hipólito
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- MODERADOR RJ
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Re: (BARRINHA) UMA HISTORIA TRISTE E COMOVENTE
Imagens:
Mário Bello em 1989
Barrinha já sem a eletrificação
Em 2002, um último respiro...
Restaram as memórias.
Mário Bello em 1989
Barrinha já sem a eletrificação
Em 2002, um último respiro...
Tentou-se voltar com o trem sendo que uma destas tentativas foi a viagem de teste de 2002, na qual eu participei. como curiosidade a MRS ao saber que os prefeitos de Paulo de frontin e mendes embarcaram no trem em Japerí, como sabotagem deu ordem de circulação direta para barra, fazendo com que o trem passase direto elas estações deixando os popoulares que aguardavam para embarcar a ver navios. O trem de retorno voltou vazio de Barra, não foi permitido embarque de passageiros.
http://parahdiario.blogspot.com/2010/06 ... orico.html
Restaram as memórias.
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Autor do tópico - MEMBRO PLENO
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Re: (BARRINHA) UMA HISTORIA TRISTE E COMOVENTE
QUANDO ESSE IMPERIO DE TERROR E DE DESMANDOS IMPOSTOS PELA MRS VAI ACABAR? E OS POBRES DE JAPERI, MENDES, PAULO DE FRONTIN E DE BARRA DO PIRAI QUANDO TERAO DE VOLTA O SEU ESTIMADO BARRINHA?
Editado pela última vez por NANDORJ em 26 Mar 2011, 18:17, em um total de 1 vez.
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Re: (BARRINHA) UMA HISTORIA TRISTE E COMOVENTE
Se um secretário de transportes decreta que é impossível o Barrinha voltar, pois seria inviável a circulação mútua de trens cargueiros da MRS com o de passageiros, e meses depois recebe doação milionária de uma empresa acionista da MRS para sua campanha a deputado, o que devemos esperar de governantes assim ?
Que morram ... essa é que é a verdade ...
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