Próxima parada: superlotada
08/10/2008
Carro de passageiros do Metrô do Rio superlotado
Enquanto alguns passageiros embarcam no sentido contrário ao que desejam chegar somente para conseguir lugar no vagão, outros se posicionam estrategicamente na porta para ter a garantia de que conseguirão descer na parada desejada. Esse é o cenário atual do Metrô do Rio, que tem sofrido com a superlotação. O empurra-empurra dos usuários não é à toa: nos últimos dez anos, o número de passageiros no metrô cresceu 80%, sem que nenhum trem fosse adicionado à frota. Isso quer dizer que o metrô recebe hoje, em média, 550 mil pessoas por dia, e precisa acomodá-las no mesmo espaço antes ocupado por cerca de 300 mil.
O sistema ganhou também, na última década, mais dez estações e viu crescer o número de integrações com outros tipos de transportes, o que aumentou em 37,3% o número de passageiros. Antes de 2005, havia cinco linhas de integração com ônibus municipais. Desde então, mais dez foram criadas, levando ao crescimento de pessoas que usam o serviço.
— As promoções com ônibus e trens trouxeram diariamente mais 35 mil pessoas ao sistema. Temos dois grandes problemas hoje: a superlotação e o gargalo na estação Estácio, pois 85% dos passageiros da linha 2 fazem transferência para a linha 1, no sentido Zona Sul — disse Joubert Flores, diretor de relações institucionais da Metrô Rio.
Passageiros tentam driblar problemas
Quem usa o sistema nos horários de pico (das 6h30m às 9h30m, e das 16h30m às 19h30m) já desenvolveu métodos para driblar as dificuldades.
A gerente de livraria Maria Izabel Pereira mora em Nilópolis e usa a integração com a SuperVia para chegar ao trabalho, no Centro. Ela salta na estação Central e teria que passar apenas pelas estações Presidente Vargas e Uruguaiana para chegar ao seu destino, a estação Carioca. Mas como sempre encontra os vagões superlotados de passageiros oriundos do Estácio, onde fica a integração com a Linha 2, ela é obrigada a dar uma “marcha-a-ré”. Ela embarca no sentido contrário e vai até uma das estações da Tijuca, em busca de uma composição mais vazia, para depois avançar.
— Acho o serviço péssimo. Há dias em que não consigo entrar no carro e preciso fazer o caminho oposto para pegar o metrô, que acaba não sendo mais rápido. Ele muitas vezes é pior do que o trem, que tem mais vagões. No trem, às vezes consigo vir sentada. No metrô, nunca — diz.
Se Maria Izabel não consegue entrar no vagão que chega à Central, o militar Antônio Carlos da Silva tem dificuldades para sair. Ele já desenvolveu uma estratégia para não perder a parada.
— Quando entro no carro, preciso ficar perto da porta de saída, senão fico preso no vagão — conta.
O empresário Marcelo Cortez vai todos os dias da estação São Francisco Xavier até a Saens Peña para conseguir lugar para sentar. De lá, segue para a Carioca, onde foi furtado há seis meses. A parada é a mais movimentada do metrô, com uma circulação diária de 97 mil passageiros.
— O serviço é uma porcaria. Depois que eles colocaram esse monte de integrações ficou ainda pior porque aumentou a demanda, mas não o número de trens. Várias vezes já vi discussão e empurra-empurra. Até assalto acontece, na Central e na Carioca. Se der bobeira, levam a carteira e o celular. Eu mesmo já perdi um. Tiram da sua cintura e você nem vê — contou ele, que deu queixa do caso na 5ª DP (Gomes Freire).
Concessionária promete 19 carros
Segundo o secretário estadual de Transportes, Júlio Lopes, até dezembro de 2007, o aumento da frota era uma responsabilidade do Estado, que preferiu, até então, investir apenas na construção de estações: — Essa foi uma opção do governo anterior. Desde a inauguração da Estação Siqueira Campos já se sabia da demanda por novos carros. Assim que assumimos, procuramos a concessionária e, na falta de recursos, passamos para o Metrô Rio a responsabilidade de ampliar a frota. Essa negociação demorou um ano.
Para dezembro de 2009, o Metrô Rio garante a inauguração de uma nova linha para ligar a estação São Cristóvão à Central, acabando com a transferência no Estácio. A medida acaba com a transferência no Estácio. O grupo aguarda apenas licença ambiental da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema) para dar início às obras.
— Com isso vamos levar as pessoas com mais conforto até o Centro — disse Joubert.
A previsão é que dezenove trens novos passem a operar nos trilhos do metrô a partir de dezembro de 2010. As mudanças previstas estão orçadas em R$ 1,15 bilhão. O Metrô Rio garante que os novos investimentos não vão influenciar no preço da passagem, que só é corrigido anualmente, pela inflação.
O mal funcionamento do ar-condicionado em vagões da linha 2, outro motivo de insatisfação dos passageiros, também deve ser resolvido com os novos carros.
— Os novos trens serão inteiramente destinados à linha 2, pois vão contar com sistema de refrigeração adequado para operar na superfície — garante Joubert.
Problemas também na SuperVia
Não são apenas os usuários do Metrô que enfrentam problemas. Ontem, quem usou os ramais de Santa Cruz e Japeri, durante a manhã, teve dificuldades para chegar ao trabalho na hora. Por volta das 5h, uma composição do ramal de Santa Cruz parou na altura de Magalhães Bastos e os passageiros foram obrigados a embarcar em outro trem.
Segundo a SuperVia, a paralisação foi causada por um furto de 60 metros de cabos da rede elétrica. Durante boa parte do dia, o ramal registrou atrasos, que chegaram a até dez minutos.
Também pela manhã uma composição do ramal de Japeri teve um problema técnico próximo à estação de Comendador Soares, em Nova Iguaçu, por volta das 7h. Houve um princípio de confusão no local quando os passageiros passavam para outro trem, mas o tumulto foi controlado pela equipe de segurança da SuperVia. A circulação nesse ramal sofreu atrasos, mas voltou a operar normalmente em uma hora.
Fonte: O Globo.
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[Notícia] Próxima Parada: Superlotada
Mais uma matéria inútil. Ao invés de O GLobo criticar a construção da Linha 1A, não, fica falando mais uma vez de superlotação. Fora que eles esqueceram de mencionar que todo esse investimento da concessionária não está sendo feito de graça, mas sim graças ao contrato de renovação da concessão por mais vinte anos. De útil, apenas algumas informações dadas.
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- MODERADOR RJ
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- MODERADOR RJ
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NOSSAAAAAAAA, tá muuuuuito lotado o carro da foto, contei no olho uma lotação de 3 passageiros por metro quadrado.
Maldita imprensa sensacionalista. :brv:
Quer dizer que agora 1 carro tem 6 vagões? Não sabem que existe o nome TREM para se referir a um conjunto de carros ou vagões engatados?
Eles esqueceram de avisar que até 2010 serão 18 carros e não 19.
"Com isso vamos levar as pessoas com mais conforto até o Centro — disse Joubert"
tá bom...
"— Os novos trens serão inteiramente destinados à linha 2, pois vão contar com sistema de refrigeração adequado para operar na superfície — garante Joubert."
Seria o contrário, os Trens da Linha2 seriamdestinados a Linha 1A, istoé, passarãoa maior parte do tempo vagando pela Linha 1 mantendoo intervaloem 2 minutosenquanto nada na Linha 2 vaimudar poiso intervalo permanecerá em 5 minutos.
No mais, só coisa que nóis já sabemos e totalmente distorcidas pelo jornale pela Opportrans.
Maldita imprensa sensacionalista. :brv:
Quer dizer que agora 1 carro tem 6 vagões? Não sabem que existe o nome TREM para se referir a um conjunto de carros ou vagões engatados?
Eles esqueceram de avisar que até 2010 serão 18 carros e não 19.
"Com isso vamos levar as pessoas com mais conforto até o Centro — disse Joubert"
tá bom...
"— Os novos trens serão inteiramente destinados à linha 2, pois vão contar com sistema de refrigeração adequado para operar na superfície — garante Joubert."
Seria o contrário, os Trens da Linha2 seriamdestinados a Linha 1A, istoé, passarãoa maior parte do tempo vagando pela Linha 1 mantendoo intervaloem 2 minutosenquanto nada na Linha 2 vaimudar poiso intervalo permanecerá em 5 minutos.
No mais, só coisa que nóis já sabemos e totalmente distorcidas pelo jornale pela Opportrans.
DIGA NÃO A METRÔ RIO, volta CMRJ.
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