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A primeira ferrovia do Brasil

Moderador: Caco

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cataclism2
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A primeira ferrovia do Brasil

Mensagem não lida por cataclism2 » 05 Jun 2008, 17:40

30 / 04 / 1854

http://images.google.com/imgres?imgurl= ... R%26sa%3DN

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HGPFILHO escreveu:O Caco conseguiu o texto inteiro, estou transcrevendo

História da Ferrovia

Construída em 1854, a Ferrovia começou a ser gestada na Inglaterra, páis onde o jovem Irineu Evangelista de Souza, futuro Barão de Mauá, conheceu a primeira linha férrea do mundo e ficou obcecado pela idéia de trazê-la para o Brasil. Pela estrada passaram comerciantes, historiadores do país do século XIX que assistia o princípio do processo de industrialização.

A tenacidade do empreendedor Barão foi registrada por outro pensador arrojado de sua época. O escritou Julio Verne, que também viveu à frente de seu tempo, escreveu em 1857 que Irineu seria o único empresário capaz de patrocinar uma viagem espacial. A ferrovia foi inaugurada em 30 de abril de 1854 pelo Imperador Dom Pedro II que no mesmo ato concedeu o título ao empresário de Barão. O imperador vinha de barco até a estação, viajava de trem até Raiz da Serra e de lá seguia a cavalo com a família até o palácio, hoje Museu Imperial de Petrópolis.

Em 147 anos de existência a estação sofreu poucas reformas. Há registros de obras em 1934 e 1988. Muito antes, o antigo cais de madeira foi substituído pelo ferro que a maresia encarregou-se de moldar a bel prazer. Consta que o trecho original, de 16,3 quilômetros, que ligava Guia de Pacobaúba até Raíz da Serra foi ampliado em 1883 até Petrópolis, Nesta época o Barão, falido, já havia vendido sua participação na ferrovia que esteve em atividade até 1965. Entre 1855 e 1868 deslizaram pelos trilhos pioneiros, cerca de 650 mil passageiros e 3,67 bilhões de arrobas de produtos agrícolas, sendo 2,21 bilhões de café, o principal produto de exportação da época. Nos anos 1970 a Rede Ferroviária Federal montou no lugar o primeiro museu ferroviário, que foi mantido em funcionamento até que a estação repetidora de comunicação que havia no prédio foi desativada. Desde então a área de 73.722 m2 está relegada à própria sorte, ao completo abandono.

Restauração

Esta parece ser uma palavra muito feia quando ouvida por quem quer que seja consultado pela ferrovia. Em 1996, a Prefeitura de Magé, representada por Ibiracy Pereira e o então secretário de transportes José Washington da Silva fez um contrato com a Rede Ferroviária Federal (RFFSA) responsabilizando-se numa primeira etaa pela restaurção da estação desde Guia de Pacobaúba até o entroncamento com a BR-116, a Rio-Teresópolis e, numa segunda etapa até a Estação de Piabetá. Tudo ficou só no papel. O assessor de imprensa da antiga administração, Eliseu Pires, classifica de utópica a idéia de restaurar a estação: "O custo fica em torno de R$ 7 milhões. Se você recebe um município com postos de saúde fechados, não dá para pensar em coisas desse tipo. Além do mais, aquilo pertence à Rede Ferroviária Federal".

O Cais de Mauá

O Cais de Mauá, situado na Praia de Muá, avança 250 metros na Baía de Guanabara e tem sua estrutura metálica em total estado de precariedade. Foi construído em 1854, quando da abertura da primeira estrada de ferro construída no Brasil, que ligava numa linha reta de 14 quilômetros até Raíz da Serra, na localidade conhecida como Fragoso. Como, posteriormente, a linha férrea foi estendida diretamente do Rio de Janeiro até as regiões serranas e Minas Gerais, não chegou a se formar um núcleo em torno da estação, como aconteceu na de Guia de Pacobaúba.

Servia como atracadouro de embarcações de grande porte. Os pilares são feitos de tubos de aço cheios de concreto. Há um vigamento em forma de treliça em péssimo estado de conservação. Consta que havia um sistema de amortecedores de chumbo para permitir o acesso das locomotivas.

Estação de Pacobaúba

A estação situa-se à beira-mar, em frente ao Cais de Mauá, em área plana. Sua vizinhança está completamente loteada e ocupada. A construção principal da estação e a casa do vigia estão situadas em grande área murada onde a RFFSA fez novas construções para abrigar seus serviços. Esse muro isola completamente as duas construções, separando-as do cais e da praia. Na margem da Baía de Guanabara, em contato direto com a praia, existe um assentamento de pescadores constituindo uma tipologia de arquitetura marcada pela esponteneidade.

A bilheteria da estação foi construída em alvenaria de tijolo aparente (sistema inglês) seguindo os moldes característicos das pequenas estações da Leopoldina Railway com planta retangular, coberta em duas águas com marquise de proteção e plataforma de embarque em cantaria.

A Casa do Vigia é uma construção do início do século XIX, de pequenas dimensões, em duas águas, com valorização de dois oitões.

Transporte intermodal em 1854
Texto de Eugênio Sciammarella

No dia 1 de março de 1854, foi aberto o tráfego na Estrada de Ferro Mauá para o transporte de passageiros e cargas, em conexão com a barca à vapor "Guarany", que vinha da Prainha - atual Praça Mauá, até o ponto inicial da ferrovia, a estação Guia de Pacobaúba. O trem partia, logo depois da atracação da barca, em direção à Raíz da Serra, onde os trilhos chegaram em 1856. A passagem custava então 1$500 (um mil e quinhentos réis). Menores de 12 anos pagavam $500 (quinhentos réis). Quem estivesse descalço pagava $500 (quinhentos réis), adultos e $300 (trezentos réis) para menores de 12 anos. Logo nos seus primeiros tempos, o novo meio de transporte apresentou grandes resultados em sua arrecadação, tendo registrado em 1855 um lucro de 48:854$722 (quarenta e oito contos, oitocentos e cinqüenta e quatro mil e setecentos e vinte e dois réis), o que representava 2,44% sobre o capital social. Cinco anos depois, em 1860, a receita já atingia 220:143$476 (duzentos e vinte contos, cento e quarenta e três mil e quatrocentos e setenta e seis réis), 11% em relação ao capital empregado. Entre 1885 e 1868, a Estrada de Ferro Mauá obteve um lucro líquido total de 2.433:76696$317 (dois mil quatrocentos e trinta e três contos, setecentos e noventa e seis mil e trezentos e dezessete réis).

Em 1833, chegava à Petrópolis o primeiro trem da Estrada de Ferro Príncipe do Grão Pará, conduzindo a Sua Majestade Dom Pedro II e a Família Real. Os preços das passagens eram: Porto de Mauá - Petrópolis (primeira-classe), 7$500 (sete mil e quinhentos réis). Aos domingos e dias santificados, somente vendiam passagens de ida e volta à Petrópolis, válidos para ao dia ao preço de 8$000 (oito mil réis). Pagando-se 10$000 (dez mil réis) tinha-se direito a duas refeições no "Hotel Bragança".



Pier Mauá:
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Locomotiva "Baronesa" saindo do Porto de Mauá:
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Cais do Porto de Mauá:
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Estação de Pacobaúba:
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