MG aguarda projeto batizado de Ferrovia Transcontinental
Enviado: 25 Mai 2009, 17:55
Viabilização do Pólo da Moda será um dos benefícios trazidos pelo projeto
O sonho brasileiro de ligar os oceanos Atlântico e Pacífico por ferrovia, passando por Minas Gerais, vai se tornar realidade. O estado, de história fortemente vinculada a locomotivas e vagões, receberá o segundo maior trecho dos 4,4 mil quilômetros de trilhos a serem assentados da Estrada de Ferro 354 (EF 354), que se conectará ao sistema ferroviário do Peru. Embora ainda no papel, o projeto, batizado de Ferrovia Transcontinental, com custo estimado de R$ 10 bilhões, revigora a esperança de maior desenvolvimento de regiões e municípios que cresceram em torno de estações de trens ou que viveram o auge político, econômico e social nas idas e vindas das composições.
O corredor mineiro da ferrovia, que será a maior do país, contempla, inicialmente, as cidades de Muriaé (Zona da Mata), Ipatinga (Vale do Aço) e Paracatu (Região Noroeste).
Muriaé é o único município da Zona da Mata previamente definido no eixo mineiro da Transcontinental. A Lei 11.772, que redefiniu o Plano Nacional de Viação e os pontos de passagens primários da ferrovia, foi promulgada em setembro do ano passado e coincide com um momento de transformação da economia local. Dos anos 1980 para cá, a cidade vem deixando a agropecuária para se transformar em polo regional da indústria do vestuário.
Na Zona da Mata, a EF 354 cortará linhas e ramais da primeira ferrovia de Minas, a Estrada de Ferro Leopoldina, que começou a ser construída no fim do Império, em 1872. No fim do século 19, o controle acionário foi transferido para credores britânicos, que a rebatizaram de The Leopoldina Railway Company. A malha voltou para o controle do governo brasileiro somente em 1950, com o declínio da lavoura cafeeira na Zona da Mata.
Hoje, os trilhos são explorados pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), empresa que surgiu depois da desestatização da RFFSA. Recreio sedia uma das oficinas da companhia, que transporta bauxita de Itamarati de Minas, embarcada em Cataguases, para o interior de São Paulo. Já a estação foi transformada em museu ferroviário.
Levantamento feito em 2005, pelo Instituto Euvaldo Lodi, ligado à Fiemg, mostra que as fábricas já respondiam por quase 50% da riqueza local. A cidade ganhou o Centro de Desenvolvimento da Moda (CD Moda) para incrementar os negócios das mais de 550 empresas do polo confeccionista que abrange Eugenópolis, Laranjal, Miraí, Patrocínio de Muriaé e Recreio.
Fonte: UAI
O sonho brasileiro de ligar os oceanos Atlântico e Pacífico por ferrovia, passando por Minas Gerais, vai se tornar realidade. O estado, de história fortemente vinculada a locomotivas e vagões, receberá o segundo maior trecho dos 4,4 mil quilômetros de trilhos a serem assentados da Estrada de Ferro 354 (EF 354), que se conectará ao sistema ferroviário do Peru. Embora ainda no papel, o projeto, batizado de Ferrovia Transcontinental, com custo estimado de R$ 10 bilhões, revigora a esperança de maior desenvolvimento de regiões e municípios que cresceram em torno de estações de trens ou que viveram o auge político, econômico e social nas idas e vindas das composições.
O corredor mineiro da ferrovia, que será a maior do país, contempla, inicialmente, as cidades de Muriaé (Zona da Mata), Ipatinga (Vale do Aço) e Paracatu (Região Noroeste).
Muriaé é o único município da Zona da Mata previamente definido no eixo mineiro da Transcontinental. A Lei 11.772, que redefiniu o Plano Nacional de Viação e os pontos de passagens primários da ferrovia, foi promulgada em setembro do ano passado e coincide com um momento de transformação da economia local. Dos anos 1980 para cá, a cidade vem deixando a agropecuária para se transformar em polo regional da indústria do vestuário.
Na Zona da Mata, a EF 354 cortará linhas e ramais da primeira ferrovia de Minas, a Estrada de Ferro Leopoldina, que começou a ser construída no fim do Império, em 1872. No fim do século 19, o controle acionário foi transferido para credores britânicos, que a rebatizaram de The Leopoldina Railway Company. A malha voltou para o controle do governo brasileiro somente em 1950, com o declínio da lavoura cafeeira na Zona da Mata.
Hoje, os trilhos são explorados pela Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), empresa que surgiu depois da desestatização da RFFSA. Recreio sedia uma das oficinas da companhia, que transporta bauxita de Itamarati de Minas, embarcada em Cataguases, para o interior de São Paulo. Já a estação foi transformada em museu ferroviário.
Levantamento feito em 2005, pelo Instituto Euvaldo Lodi, ligado à Fiemg, mostra que as fábricas já respondiam por quase 50% da riqueza local. A cidade ganhou o Centro de Desenvolvimento da Moda (CD Moda) para incrementar os negócios das mais de 550 empresas do polo confeccionista que abrange Eugenópolis, Laranjal, Miraí, Patrocínio de Muriaé e Recreio.
Fonte: UAI